Hoje, damos-vos a conhecer um pouco da nossa infância. Trazemos uma pequena abordagem dos primeiros meses de vida, relacionando-a com um tema bastante curioso, o desenvolvimento motor na infância.
Rute Miranda
Numa pequena e hilariante conversa com os meus pais, sobre os meus primeiros meses de vida e algumas experiências até tal momento, cheguei à conclusão que, talvez por ter sido a primeira filha, ou por qualquer outro motivo, era uma criança muito curiosa, com muitos “bichinhos carpinteiros”, como a minha mãe dizia, uma exploradora. Durante essa tal conversa, o meu pai afirmou-me que nunca cheguei a gatinhar, mas que comecei a andar relativamente cedo, por volta dos 9, 10 meses. Não me souberam explicar o porque de não ter gatinhado. No entanto em relação ao andar, disseram-me que, provavelmente, devido ao facto de me terem incentivado e estimulado desde muito cedo para tal aptidão física, poderá ter influenciado a aprendizagem deste conteúdo motor.
Por outro lado, temos a minha irmã Bárbara, que, segundo os meus pais, era muito mais preguiçosa e praticamente o contrário de mim. Só começou a andar aos 12 meses e até lá gatinhou. A explicação que vos trago para tal ocorrência é simples, a partir de um certo momento cronológico o nosso organismo está com maturação suficiente para “avançar”, necessitando da estimulação do ambiente para progredir.
Concluímos, então, que o processo de estimulação nestas idades e em especial na aprendizagem motora e crucial para um normal desenvolvimento motor.
Madalena Freitas
Quando nos tornamos adultos nem sempre nos recordamos de como foi o nosso crescimento e de como chegamos até onde estamos.
Ainda me recordo de brincar com as minhas bonecas e acreditar plenamente que tudo aquilo era verdade. Em contrapartida, não me lembro de quando comecei a andar nem das minhas primeiras palavras.
Segundo o que os. Meus pais me contam, nunca consegui gatinhar, simplesmente sentava-me no chão e " arrastava-me". Com a linguagem comecei por chamar " aba" é mais tarde "zagolina" a gasolina.
Todo este crescimento é importante, e mesmo que não nos lembramos nitidamente, hoje só somos o que somos por causa de tudo aquilo que passamos.
Raquel Lopes
Não entendendo muito esta matéria, peguei no meu boletim de saúde, dei uma olhadela e fiquei a pensar que o meu desenvolvimento motor não foi muito fácil ou bem sucedido desde o nascimento aos 6 meses.
Nasci com 38 semanas, o parto foi cesariana porque eu nasci muito gordinha, com 4610g e 53cm de altura. O meu perímetro cefálico era de 37cm e fui reanimada logo a nascença, porque foi uma cesariana de risco.
A partir daí, engordei e cresci cada vez mais , não sei se isso é bom ou mau.
O maior problema é que ate aos 6 meses não segurava a cabeça e a pediatra disse à minha mãe que eu poderia ter uma deficiência qualquer, mas a partir dos 6 meses isso passou, felizmente.
Como tive esse problema na cabeça e não me endireitava até aos 6 meses, o meu desenvolvimento atrasou um pouco, pelo menos em relação à minha irma mais velha. Comecei a andar com 1 ano e poucos meses e a dizer algumas palavras um bocadinho mais tarde.
Deixei o leite materno e a chucha cedo, tentava sentar-me logo à mesa com todos e fazia um esforço para me alimentar sozinha. Segundo a minha mãe, tentei ser independente cedo e ainda penso que essa é uma das minhas principais características.
Contudo, o meu crescimento e desenvolvimento motor foi considerado normal, até aos dias de hoje não tenho problemas graves nem espero ter, apenas uma escoliose devido ao problema temporário de não conseguir segurar a cabeça.